quinta-feira, 27 de março de 2014

Resenha: Divergente



Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em 5 facções: Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é. E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.



||  Distopia  ||  504 páginas ||  Editora Rocco ||  Nota: 5/5


                                                                                                                       * Sem spoilers
 O livro Divergente, de Veronica Roth, me surpreendeu de uma maneira inexplicável, eu sou muito fã de distopias, mas admito que quando começei a ler o livro não estava esperando muitas coisas, mas me enganei profundamente!
 Como dito acima o livro fala de uma Chicago futurista, onde a sociedade se divide em 5 facções: Audácia, Abnegação, Amizade, Erudição e Franqueza; cada uma de acordo com a personalidade das pessoas. Os corajosos se eram da Audácia; quem era desprendido de interesse próprio se juntava à Abnegação; os amigáveis eram da Amizade; os inteligentes eram da Erudição e os sinceros eram da Franqueza. Quandos os jovens completam 16 anos, eles são obrigados a fazerem um teste de aptidão, seguido de uma cerimônia, onde os mesmos terão que escolher entre ficar na facção em que nascerem, ou mudar para outra.
 Beatrice nasceu e creceu na Abnegação, e ao completar 16 anos, realiza tal teste e se depara com algo chocante: seus resultados foram inconclusivos, não respondendo conforme o previsto. Ela descobre que é uma Divergente, ou seja, ela obteve um resultado indicando sua aptidão para mais de uma facção. Então ela terá de decidir entre permanecer com sua família ou ser quem realmente é, e acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela própria, e descobrirá que existem muitas coisas além de uma "sociedade perfeita" que lhe foi apresentada. 
 Não sei o porquê, mas esse ambiente, essa história onde Divergente é apresentado me chamou bastante a atenção, e, apesar de distopias serem minha leitura favorita, essa me surpreendeu muito. Veronica escreve com uma facilidade incrível, e na minha opinião explicando muito bem os detalhes de cada situação do livro e dos personagens, principalmente de Beatrice, e esse é um dos meus medos, pois quando a leitura é em 1° pessoa, você se prende a apenas um ponto de vista, um jeito de pensar, e se você não gostar desse personagem, na minha opinião será um problema, mas, felizmente, Beatrice é bem construída e seu modo de pensar é muito interessante. Claro que de acordo com a leitura vamos vendo outros personagens tão interessantes quanto, como Quatro, Will, Cristina, Al, Eric e Jeanine
  Uma coisa que posso dizer que "não gostei" no livro foi a ausência de explicações sobre o resto do mundo além de Chicago , assunto que, para não dar spoilers, é explicado (bem) melhor em Insurgente e em Convergente, que são os outros livros da trilogia.
 Divergente é uma leitura cativante, onde encontramos ação,romance e grandes reviravoltas na história, deixando aquele gostinho de queiro mais no final da leitura. Não é um livro difícil e nem exaustivo, deixando você envolvido no livro durante horas, sem desgrudar e pensar em mais nada. Logo quando terminei o livro fiquei pensando se haveria o famoso "triângulo amoroso", mas não há, o que eu acho um ponto positivo, pois abre espaço para outros assuntos de maior importância para a compreensão da história. Recomendo para os fãs de distopias, ação, romance e se você já leu Jogos Vorazes e adorou, eu aposto que não vai se decepcionar!